Em plena festa de réveillon, Pedro Salvatore é surpreendido por uma chamada urgente do hospital. Um casal conhecido havia sofrido um grave acidente de carro. Durante os dias de agonia que precederam as mortes, a mulher teve forças apenas para instituí-lo como tutor de sua filha de 17 anos, Beatriz Eva. Aos 32 anos, Pedro é um homem marcante, consciente de suas virtudes, porém preso a medos que o tornaram solitário e atormentado por pensamentos compulsivos. Agora, ele terá de enfrentar um grande desafio: se encarregar da educação de uma adolescente com amnésia e que o seduz a todo o momento. Bya se apaixonou por Pedro desde o primeiro instante em que abriu os olhos e viu aquele homem alto e de olhar penetrante ao lado de seu leito hospitalar, velando seu sono. Ela ignora o passado dele, mas sabe que sua vida será dedicada a conquistar a afeição daquele que se tornaria seu tutor. Dois corações maltratados pelo destino. Duas almas que se encontram na tragédia. Dois corpos que clamam por saciar um desejo cada vez mais irresistível. Até que ponto Pedro seria capaz de parar de racionalizar e se entregar a um amor verdadeiro, aquele que finalmente daria sentido à sua existência? Com enredo envolvente, personagens fortes e temas polêmicos, em Tutor Sue Hecker constrói uma trama de amor, sexo, humor, doçura e, principalmente, superação. Uma leitura de prender a atenção, que já conquistou milhares de fãs na internet e que consagrou a autora como uma das principais vozes do romance nacional contemporâneo.
Resenha:
Tutor: O metódico versus a impulsividade. Proporcionando momentos de emoção e realidade, Sue Hecker aborda em seu livro um assunto um pouco mistificado, o transtorno obsessivo compulsivo, mais conhecido como TOC, em seu mocinho de olhos verdes penetrantes. Preparem-se para personagens fora do padrão e com muita bagagem.
Totalmente narrado em primeira pessoa, variando entre Pedro e Bya, essa história se mescla com alguns acontecimentos do livro “O lado bom de ser traída”, mas a narrativa focou, exclusivamente, no casal. Bom para nós, leitores, que temos a oportunidade de saber, do início ao fim, o surgimento da personalidade de cada personagem e suas motivações.
Teimosa, atrevida e muito ciumenta, Beatriz Eva, ou Bya, foge do padrão de
“— Sim, quero que ele seja meu amante, meu homem, meu macho. Ou seja lá qual rótulo ele possa querer me dar.”
Tático e metódico, Pedro Salvatore entra na vida da Bya e vice-versa, para chocar os mundos. Enquanto ele é guiado por padrões e métodos, ela é guiada pelo impulso e pelo coração. Pedro sofre com TOC, mas não o transtorno que estamos acostumados a rotular um amigo, mas o transtorno real, que condiciona e guia as atitudes do portador.
“...acho que quando estamos muito aflitos e ansiosos, passamos por possíveis portas pelo labirinto e não enxergamos a saída, porque ficamos cegos com a nossa obsessão.”
Trôpega por causa de um acidente de carro que perde seus pais, Bya vira tutelada de Pedro, que era o parente mais próximo dela, já que a mãe era a filha da segunda esposa do pai de Pedro. Isso mesmo, eles não são parentes de sangue e, além do transtorno do Pedro, existe todo esse “rolo” familiar por trás e a recuperação do acidente da Bya.
Temperado com cenas íntimas criativas e preliminares excitantes, Bya protagoniza uma das cenas mais impertinentes que já li, quando espera Pedro em casa enquanto, na televisão, passa um filme pornográfico. Como de costume na vida desse casal, é claro que a cena tinha tudo para começar bem e terminar bem, mas começou mal e terminou muito... muito bem!
“P:> Viciada em churros ou em doce de leite?
B:> Em você.”
Tocada pelo conflito interno das personagens, deparei-me com assuntos que não tinha domínio e que me instigaram a pesquisar mais sobre: TOC, perda de memória, Brainspotting e arquitetura. Muito me agrada livros que, além do prazer da leitura, me estimulam a pesquisar e a querer saber mais sobre o assunto abordado.
Tendo em vista que a mocinha tem tendências impulsivas e a construção do amor entre o casal está fora do padrão (que, nas minhas leituras são: amor à primeira vista, se conhecerem com alguns imprevistos, revelação de um segredo que abala a confiança e o perdão), alguns leitores podem estranharem.
Tratado de uma maneira criativa, acompanhamos a evolução do Pedro em tratar o TOC, juntamente com a evolução da maturidade de Bya, que começa insegura, tanto quanto Pedro. Para os românticos e apaixonados de plantão, encontramos várias surpresas inusitadas no livro, como uma música exclusiva:
Obs: Envolvida nesse mundo de padrões e metódico, todos os parágrafos da resenha começaram com a letra "T".
Obs: Envolvida nesse mundo de padrões e metódico, todos os parágrafos da resenha começaram com a letra "T".
Sobre: Sue Hecker é, na verdade, um pseudônimo escolhido por uma grande amiga da autora. Tem 42 anos e é casada com um marido super companheiro, com que tem um filho maravilhoso. Criar estórias e dividi-las com as pessoas começou como um passatempo, que se transformou numa experiência mágica. Ao começar a postar sua primeira criação, nunca, em toda a sua vida, sentiu-se tão amada e querida por tantas novas amigas, conquistadas durante a postagem da estória. Sempre foi uma devoradora de livros e, atualmente, flagra a si mesma sonhando, cada vez mais, em usarsua inspiração para criar mais estórias. Acha incrível como os personagens falam com ela, a todo momento! Na escrita, encontrou a melhor terapia para muitas coisas. Afirma que, em cada palavra que escreve, há mensagens ditadas por sua sensibilidade, que encontra eco em seu coração.
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